Evento: Qualquer que leia a Bíblia
A madrinha diz para a noiva “Que os seus descendentes sejam tão numerosos quanto as estrelas do céu e as areias do mar”; e um padrinho afirma em solene brado “Que das suas entranhas nasça um povo tão bravo e forte que sempre derrote seus inimigos!” – esses desejos em um casamento hoje ou fariam o jovem casal sair a correr ou chamar urgente a patrulha do manicômio. Hoje. Nos tempos da Bíblia eram comuns, e nos meus tempos de menino, ao ler ou ouvir essas histórias eu já achava essas histórias estranhas, para não dizer malucas.
Existe uma controvérsia se a Bíblia é livro falso ou verdadeiro, mas não existe se é livro humorístico. Não é, mas nela há passagens de humor, involuntário possivelmente. Por exemplo o apelido dos dois apóstolos de “Filhos do Trovão”. Filho do Trovão – isso é apelido? Já soube de apelidos exóticos, como “Nó Cego” ou “Boa Praça”. Agora, Filho do Trovão? “Ei, Filho do Trovão, vem tomar um café aqui com a gente?!” geraria talvez os mesmos impulsos de chamar a ambulância do Pinel.
Assim como o insolúvel mistério de Caim, que matou o Irmão e foi para Leste do Éden onde se casou. Bem, não falta gente para se casar com criminosos, até condenados, a prática o mostra, até mesmo gente como Caim. Agora, em lugares de densidade demográfica literalmente zero, haveria um problema matemático para existir esse casamento.
“A Bíblia pode ser divertida” – é o título de livro nenhum. Mas bem que podia haver – e que Moises, Jeremias e outros não se zanguem comigo.