2023 03 18 – As malditas maldições múltiplas

Evento: Egito, nos últimos 3.000 anos

Todo o homem impuro que viole o meu túmulo será julgado e condenado, terminarei com sua vida, partirei o seu pescoço como se fosse o pescoço de um simples pássaro, atirarei sobre os seus vindouros todo o medo que puder invocar” – e essa inscrição até exagerada no seu esforço de assustar não teve efeitos no cara que a leu. Estava na tumba de algum faraó de quarta categoria, como aliás inscrições parecidas se encontravam nas tumbas de todos os faraós. Quem a leu também era um cara de quarta categoria – um miserável violador de tumbas de que não se sabe o nome e cujo feito de meliante foi registrado por algum historiador.

Ao levar duas múmias de navio para a Europa começou a falar com as múmias, elas lhe responderam e ele falava de novo, e coisa boa não veio dessa conversa pois o ladrão se jogou no Mediterrâneo.

E essa foi a primeira Maldição dos Faraós e ao menos essa inicial teve alguma justiça. Muito pior foi outro que roubou uns artefatos em escavação lá pelo Vale dos Reis. Ao voltar para casa mostrou o butim ao primo. No dia seguinte deparou com o primo morto na cama. Nos dias seguintes morreram o tio e a tia. Quando ao safado ladrão de túmulos que se saiba nada aconteceu com ele e pôde vender a roubalheira tranquilo. O que mostra que os espíritos além de assustadores também são meio bocós, pois dardeiam suas pragas em cima de qualquer um que esteja perto e não necessariamente do culpado.

Até os Velhos Faraós precisam aprender a fazer as coisas direito. Quanta incompetência.

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