Evento: Die lustige Witwe /The Merry Widow, montagem filmada no Youtube
Uma pobre camponesa em pequeno país da Europa Oriental se apaixona por um belo e jovem Conde. Este quer se casar com ela, mas devido à pressão da aristocrática família não o faz. O Conde viaja a Paris onde se esbalda em namoros e cabarés.
Enquanto isso a pobre e camponesa porém belíssima garota se casa com o banqueiro mais rico do país, que morre e deixa para ela o sobrenome e 500 milhões de fortuna. Cansada do luto a jovem viúva viaja a Paris. O embaixador lá se desespera com a possibilidade dela casar com um estrangeiro e tirar a fortuna do país. Para evitar isso engendra um plano: um nacional terá de conquista-la. E o escolhido para esta agradável porém árdua missão é exatamente o jovem Conde.
É possível que o enredo de “A Viúva Alegre” fosse tão inverossímil na Viena de 1905 quando Franz Lehar o compôs quanto o é hoje. Tão irreal e doce quanto a peça, uma sequência interminável de festas e danças entremeadas de conversas picantes sobre traições e leves conspirações amorosas.
O escritor austríaco-brasileiro Franz Lehar no seu “O Mundo de Ontem” descreveu um mundo antes de 1914, segundo ele um mundo diferente, estável, crente no progresso, no qual os radicalismos e guerras eram fatos distantes no tempo e no espaço.
É de se discutir se há sentido em se ver a opereta hoje, quando os tais radicalismos e guerras fazem volta. Mas na verdade o humor e a leveza sempre têm lugar. E possamos ser alegres como a viúva, embora sem os milhões do tal banqueiro.